Após vandalismo no Palmeiras, especialistas apoiam Nobre e sugerem medidas

A confusão que danificou o patrimônio do Palmeiras e o sistema de venda de ingressos na sede do Avanti foi mais um ato criminoso causado por torcedores – o envolvimento de torcidas organizadas não é confirmado. Membros da Academia LANCE! comentaram o fato, apoiaram o presidente Paulo Nobre, que dá privilégio total ao sócio-torcedor do clube, e sugeriram medidas para evitar novos episódios.



MAURICIO MURAD, SOCIÓLOGO ESPECIALIZADO EM VIOLÊNCIA NO ESPORTE:



É mais um capítulo de uma história anunciada. Sugiro um pacote com três medidas integradas. A curto prazo, as punitivas: pegar imagens, prender os caras e levar o processo até o fim. Mas a repressão sozinha é como enxugar gelo.



A médio prazo, vêm as medidas preventivas: ocupar as redes sociais, que é por onde eles marcam tudo. Fizemos pesquisa, e a prevenção é ao menos sete vezes mais barata que a repressão.



E no longo prazo, medidas de caráter reeducativo, para mudar a cultura desses grupos agressivos. É preciso criar uma espécie de disque-denúncia para torcidas, para gente que conheça e entenda a linguagem. A medida é importantíssima porque realiza repressão, faz punição e reeduca.



AMIR SOMOGGI, CONSULTOR DE MARKETING E GESTÃO



Palmeiras merece elogios por focar no seu consumidor. Ao torcedor organizado que quer ter os benefícios, basta se associar ao clube. Ele não proíbe as organizadas no estádio, apenas parou de tratar como público diferenciado.



Por outro lado temos uma ausência de controle dos órgãos públicos, vide o que aconteceu com o juiz que liberou os invasores do Corinthians. Deveriam lidar com seriedade e preocupação.



O que o Palmeiras fez já aconteceu na Europa. Converter os torcedores em clientes é importante para identificá-lo, saber onde mora, onde senta. Espero que eles continuem essa luta e peçam o apoio dos órgãos públicos, talvez até de segurança privada, e tentem captar imagens e punir.

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