Felipe Menezes foi um dos jogadores mais ativos no primeiro tempo
Foto: Friedmann Vogel / Getty Images
A torcida do Palmeiras cumpriu a expectativa de fazer festa para o time na reabertura da casa alviverde e cantou durante a maior parte do tempo, mas se frustrou com o desempenho da equipe de Dorival Júnior na derrota por 2 a 0 para o Sport, nesta quarta-feira, cobrou raça chamando o time de “sem vergonha” e vaiou nos momentos das substituições o meia Felipe Menezes e principalmente Wesley, além de xingar o presidente Paulo Nobre.
Enquanto a bola estava em jogo, apenas os dois jogadores foram alvos de protestos mais contundentes, além da arbitragem. Quando deixou o campo para a entrada de Mazinho, Wesley ouviu até em coro um xingamento. Depois do segundo gol dos pernambucanos, um pequeno grupo também xingou a diretoria. Ao apito final, o presidente Paulo Nobre foi o mais xingado e um grupo até mandou recado ao time. “O, le, le, o, la, la, se cair pra Série B, se prepara para apanhar”.
Tudo contrastando com a euforia que tomava conta das arquibancadas desde que os portões da nova casa palmeirense foram abertos pela primeira vez às 19h30 (de Brasília). Antes de o jogo começar, com as duas equipes perfiladas, a principal organizada do clube, localizada atrás do gol da antiga ferradura, cantou apenas a expressão “meu Palmeiras” com o ritmo do hino nacional, do início até o fim da execução. O time também foi recebido com um mosaico com a mensagem “Nostra casa”.
Desde o apito inicial, os torcedores cantaram e apoiaram a equipe, apesar de toda a dificuldade exibida pelos atletas. O primeiro a ser vaiado no estádio foi o árbitro Dewson Fernando Freitas da Silva, bastante xingado quando os palmeirenses entenderam que houve um pênalti não marcado sobre Henrique.
Depois do intervalo, a torcida continuou com o incentivo, tentando empurrar o time com os gritos de “vamos ganhar, Porco” e se frustrando a cada erro. O primeiro grande protesto contra um jogador só foi ouvido aos 12 minutos do segundo tempo, quando Felipe Menezes foi substituído por Allione.
Responsável por ocupar a vaga do lesionado Valdivia, Felipe Menezes não agradou a quem esteve no estádio. Até mesmo instantes depois da troca, quando o placar eletrônico anunciou a substituição, a torcida voltou a vaiar o meia.
Em seguida, o anúncio do público de 35.939 torcedores, para uma renda de R$ 4.920.815,00, empolgou os palmeirenses, que bateram palmas, antes de cantarem novamente em apoio ao time, já sob um clima de desconfiança. Na troca de Juninho por Mouche, a torcida também exibiu um pouco de insatisfação com o lateral esquerdo, mas com intensidade muito menor do que na alteração anterior.
Aos 32 minutos, quando Ananias mandou para a rede, a torcida se calou por alguns instantes, tentando absorver o duro golpe, até que esboçou mais um “vamos ganhar, Porco”. Na última troca de Dorival Júnior, Welsey também foi muito vaiado, até mais do que Felipe Menezes, e ainda foi xingado em coro.
A partir daí, as trocas de passes sem objetividade passaram a deixar a torcida ainda mais descontente. Já nos minutos finais, as arquibancadas pediram raça ao time. Aos 45, quando o Sport marcou o segundo, o público começou a ir embora, enquanto a organizada gritava que o clube estava passando vergonha.
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