Hugo Hoyama, atleta do Palmeiras no tênis de mesa (Foto: Cristiano Zanardi / Divulgação JAIs)
"Não tem como não pensar no Palmeiras". A frase, dita por Hugo Hoyama no intervalo de uma partida de tênis de mesa da 78ª edição dos Jogos Abertos do Interior, evento conhecido como a "olimpíada caipira" e que está sendo disputado em Bauru (a 330 km de São Paulo), revela como um dos maiores nomes da modalidade tem se esforçado para manter a concentração apenas na competição.
O atleta, que já disputou seis olimpíadas, defende as cores de São Bernardo do Campo e do Palmeiras – o clube mantém parceria com a cidade do ABC nesta modalidade. A relação com o Verdão, porém, não se restringe ao tênis de mesa: Hoyama é torcedor fanático do Alviverde e, na última quarta-feira, era um dos cerca de 36 mil palmeirenses que sofreram com a derrota do time para o Sport, na inauguração da nova arena.
– Estou aqui [em Bauru] competindo e orientando minha equipe, mas não tem como não pensar no Palmeiras. Agora, nos resta torcer para o time reagir e retomar o bom desempenho de algumas rodadas atrás. O Verdão escapa [do rebaixamento] – crava Hoyama, que compete por São Bernardo com o uniforme de seu time de coração e também é o técnico da equipe feminina da cidade.
Motivação persiste.
Aos 45 anos, Hugo Hoyama já perdeu as contas de quantas edições de Jogos Abertos disputou – "são mais de 25", diz ele enquanto observa seu parceiro de time em duelo com mesatenista de Mogi das Cruzes, na competição disputa em um shopping de Bauru. Mesmo assim, garante que a motivação segue a mesma das primeiras participações.
– É a competição que mais gosto de disputar, não me canso. Aqui, tenho a oportunidade de dividir minha experiência com os atletas mais jovens. E defender São Bernardo é sempre uma honra, é uma cidade que sempre me apoiou e onde treino até hoje – disse Hoyama, que atualmente é também técnico da seleção brasileira feminina de tênis de mesa.
Ao participar de competições como os Jogos Abertos, o mesatenista observa que a modalidade dá sinais de crescimento técnico no país, apesar da falta de um investimento mais efetivo no trabalho de base.
– O tênis de mesa está crescendo, mas precisamos melhorar a base, incentivando a sua prática nas escolas. Mas não é apenas colocar uma mesa e dar raquetes e bolinhas para as crianças jogarem ping-pong. Precisa ser um trabalho planejado, com orientação de treinadores – diz Hoyama.
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