A saída de 3 do Internacional e o jogo de “perde-ganha” no Allianz Parque

18/5/2017 12:03

A saída de 3 do Internacional e o jogo de “perde-ganha” no Allianz Parque

por Leonardo Miranda

A saída de 3 do Internacional e o jogo de “perde-ganha” no Allianz Parque

Foto: Gazeta Press



É preciso enxergar além do simples e mero resultado. O Internacional fez um bom jogo no Allianz Parque, controlando boa parte do primeiro tempo e criando várias chances - algumas na trave, outras nas mãos de Prass. Apesar de muito criticado, o time de Antônio Carlos Zago vai rumando a passos lentos na difícil reconstrução na Série B. Fazer uma boa partida contra o campeão brasileiro, melhor equipe do país e perder com um gol contra não é um mau resultado, certo?



O Colorado não saiu de suas características, mesmo fora de casa. O conhecido 4-3-2-1 se desmembra em movimentos muito coordenados tanto com a bola ou sem ela. Ao atacar, o Inter fazia um movimento muito típico para fugir da pressão do Palmeiras: a saída de 3. Trata-se do recuo de Rodrigo Dourado até a linha de zaga, fazendo os zagueiros abrirem e os laterais afundarem até o campo de ataque. Criada por Ricardo La Volpe na Seleção do México em 2006, a “saída de 3” foi muito usada na Europa e o Inter é um bom representante de seu funcionamento: permite que os zagueiros joguem no campo do adversário, ocupa os lados do campo com o posicionamento aberto dos laterais e faz os meias e volantes flutuarem por dentro, criando uma "sobrecarga" numa região perto da área rival. Veja a dinâmica da saída de 3 colorada no vídeo:







Mas apesar de ter o controle, começar bem suas jogadas e ir avançando, o Inter pecou em esticar rápido demais o jogo. Talvez pela ausência de um jogador com uma característica mais física de segurar e prender a bola junto a Mina e Dracena, dois zagueiros de forte jogo físico e aéreo. No último terço e sem espaço, a equipe invertia bolas e pouco jogava por dentro, procurando uma triangulação que pudesse desorganizar a marcação por encaixes mais longos do Palmeiras.



Aliás, se tem algo que o Palmeiras apresenta com Cuca e é marcante nas equipes do técnico, é a intensidade. O Verdão lutou, brigou, tentou dar poucos espaços e procurou mais o jogo reativo, de recuperar a bola e sair muito rápido. Na jogada do ~quase~ gol de Borja, Tchê Tchê retoma a bola , instantaneamente, Dudu vence o marcador e se projeta para receber mais à frente. Essa intensidade também é vista sem a bola, nesses encaixes: caiu no setor, o palmeirense acompanha até o fim. Não pode deixar a bola escapar nem dar espaço.



Com essas bolas esticadas do Inter e esse forte jogo reativo do Palmeiras, o jogo ficou “maluco”. Ou melhor, um jogo de muito “perde-ganha”: um time perdia a posse, reagia, recuperava, contra-atacava…por isso a partida aberta e “perigosa” até o apito final. De um lado, uma equipe mais organizada e com tempo de trabalho. De outro, muita intensidade. Um jogo parelho, decidido no detalhe e com uma grande vantagem ao Palmeiras na busca pela vaga.



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