Di Stéfano: sequestro na Venezuela, frustração no Barcelona e amistoso com a camisa do Palmeiras

7/7/2014 19:07

Di Stéfano: sequestro na Venezuela, frustração no Barcelona e amistoso com a camisa do Palmeiras

Di Stéfano: sequestro na Venezuela, frustração no Barcelona e amistoso com a camisa do Palmeiras

Combinado Boca e River com uniforme do Palmeiras: Di Stéfano é o 3º agachado da dir. à esq.(DIVULGAÇÃO - PALMEIRAS)



Morto nesta segunda-feira aos 88 anos, Alfredo di Stéfano é uma lenda. E uma lenda com histórias muito reais, daquelas que causam até surpresa.



Amistoso pelo Palmeiras? Ídolo do Real Madrid, mas que tem foto com a camisa do Barcelona? Vítima de sequestro na Venezuela? Sim, o argentino teve dessas.



A ESPN vai reexibir o documentário que narra a história de Alfredo Di Stéfano, uma das lendas da história do futebol. O programa vai ao ar nestas segunda e na quarta-feira, às 20h30. "A Lenda Di Stéfano" é um dos episódios da série "Destino Futebol".



Alviverde?



Em 1948, o River Plate, do qual o "Flecha Loira" fazia parte, disputou uma série de amistosos no Brasil. No mesmo período, seu arquirrival, o Boca Juniors, também. As duas equipes, então, foram convidadas pela federação paulista (FPF) a disputar uma partida contra o selecionado do estado e aceitaram.



No entanto, um impasse surgiu: com qual camisa os argentinos jogariam, já que não tinham um uniforme para vestir? Para piorar, o elenco millonário se recusava a usar o manto boquense, e a recíproca era mais do que verdadeira.



Para resolver a situação, o Palmeiras entrou em cena: emprestou o seu uniforme para que o combinado argentino pudesse jogar. Em campo, empate por 1 a 1.



Barça ou Real?





Di Stéfano com a camisa do Barcelona



A briga entre Barcelona e Real Madrid para quem contaria com os serviços de Di Stéfano se tornou histórica e emblemática. O atacante do Millonários, da Colômbia, foi disputado pelos grandes adversários até o ponto em que a federação espanhola decidiu que ele atuaria duas temporadas pelos merengue e outras duas pelos catalães.



Di Stéfano, então, iniciou sua passagem pelo país ibérico no Barça.



Mas lá não era feliz.



Ele participou de poucos jogos pelo time blaugrana - posando para uma foto histórica com o ídolo Kubala -, mas o clima para o argentino era dos piores.



Por um mês, a diretoria e a torcida não viram no jogador aquilo que esperavam, e o ponto final na curta relação foi dado em 23 de outubro de 1953, quando Josep Vidal-Ribas, membro do comitê que assumiu o Barcelona após a demissão em massa dos dirigentes por causa do imbróglio da transferência, assinou sua rescisão.



Di Stéfano foi para o Real Madrid, e a história, bem, todos conhecem.



"Pensei que era uma piada"



Em excursão pela Venezuela, Alfredo di Stéfano foi vítima de sequestro por parte das Fuerzas Armadas de Liberación Nacional (FALN), em 23 de agosto de 1963.



"Eram 6 da manhã. Me chamam por telefone. Eu pensei que era uma piada e desliguei. Mas, logo depois, chama outra vez e me dizem: 'Ou desce ou vamos te buscar, é a polícia. E eu pensei que continuava uma piada e desliguei", revelou o argentino em entrevista ao programa "Club de Fútbol".





Matéria em jornal venezuelano sobre o sequestro de Di Stéfano: puro marketing



Então, os "policiais" bateram à porta do quarto de hotel do atacante em Caracas e afirmaram que se tratava de um procedimento rotineiro. Quando estava dentro do carro para o suposto "procedimento", o jogador ouviu de um dos envolvidos: "Alfredo, isso não é a polícia, é um sequestro".



"Foi uma coisa muito estranha: ninguém tinha se dado conta, de repente ele desapareceu, foi todo mundo procurando ele, logo disseram que ele foi sequestrado. Foi uma coisa rápida, atuaram muito depressa, mas em seguida o liberaram", relembra o ex-jogador brasileiro Canário, companheiro do argentino no Real, à Rádio ESPN.



Foram 70 horas em poder dos sequestradores, mas que, para Di Stéfano, não passou de uma grande propaganda. "Não posso me queixar. Acredito que é a maior publicidade que fizeram para mim em 20 anos como jogador. E comi com um rei".



O próprio grupo organizado FALN afirmou a Di Stéfano: "Não temos nada contra vocês: fazemos, simplesmente, para que a imprensa se ocupe de nós. O governo proíbe os jornais que falem das FALN. Ficará umas horas conosco e depois o devolveremos. Ninguém quer lhe causar danos".





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4176 visitas - Fonte: ESPN

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