Leite foi à CBF nesta segunda-feira para pedir apoio da Confederação à pauta da Fenapaf, que tenta barrar a Lei Geral do Futebol, na Câmara, e a Lei Geral do Desporto, no Senado. A principal mudança prevista é o fim do direito de arena, que distribui 5% do valor dos direitos de transmissão aos jogadores, mas a federação também reclama da possibilidade de as férias serem divididas em três períodos e de regras mais flexíveis para a rescisão de contratos.



A visita à CBF aumentou a insatisfação de Leite, que tinha reunião marcada com o presidente Marco Polo Del Nero às 11h, segundo afirmou.



– Ele só apareceu às 13h, e me convidou para almoçar porque não teria tempo de me atender. Fui para resolver problemas e me neguei a ir almoçar com ele. É uma absoluta falta de respeito – lamentou Leite.



A Fenapaf, que mantém um grupo de discussão com os capitães dos principais clubes do país, realizou um protesto discreto no início do Brasileiro em que os atletas entraram em campo uma faixa preta no braço. Desde então, novas manifestações tinham sido suspensas.



– A minha opinião agora é que a categoria tem que estar unida e ir para o protesto. Se não tomar uma posição forte, vai tudo por água abaixo. E vai sobrar para os 95% dos atletas que ganham menos de quatro salários mínimos – disse Leite.



A CBF foi procurada pela reportagem, mas não quis comentar as declarações do presidente da Fenapaf.

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