O treinador que iniciou o ano já havia sofrido para corrigir a deficiência da equipe. Nos cinco jogos em que comandou o time na Libertadores, por exemplo, Eduardo Baptista viu os adversários marcarem sete vezes em jogadas pelo alto. Apenas um tento sofrido com ele no comando não foi oriundo de cruzamentos no torneio continental.



Com Cuca, a dificuldade parecia dissipada. Afinal, os palmeirenses tinham sido vazados em jogadas aéreas apenas contra o Atlético Tucumán, no encerramento da fase de grupos da Libertadores, e na goleada por 4 a 2 sobre o Bahia, ainda na oitava rodada do Brasileirão. Nas últimas três partidas da Série A, entretanto, o pesadelo voltou com três gols sofridos em levantamentos na área.



O primeiro saiu contra o Botafogo, em lance que também contou com erro da arbitragem ao não flagrar impedimento de Rodrigo Pimpão após cruzamento de Roger. O Palmeiras ainda venceu por 2 a 1. Contra o Atlético-PR, Thiago Heleno apareceu para completar escanteio com forte cabeçada e dar a vitória por 1 a 0 ao Furacão. No empate em 1 a 1 com o Vasco, no último domingo, Manga Escobar entrou sozinho após desvio na primeira trave e marcou.



Ao todo, seis dos 29 gols sofridos pelo Palmeiras de Cuca saíram em bolas aéreas. A lista fica completa com o gol do cruzeirense Diogo Barbosa, que decretou empate em 1 a 1 no Mineirão e a classificação da Raposa para a semifinal da Copa do Brasil. Para tornar o problema ainda mais preocupante, o técnico perdeu um de seus principais cabeceadores: o zagueiro Mina sofreu fratura no pé esquerdo e deve voltar a jogar só daqui três meses.



O elenco alviverde se reapresenta na Academia de Futebol nesta quarta-feira. Serão quatro sessões de treinamento para que Cuca tente consertar o problema. O próximo jogo do Palmeiras é no domingo, às 19h, contra a Chapecoense. O duelo no Allianz Parque é válido pela 21ª rodada do Brasileirão.

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