– Não somos favoritos. Favorito é o Corinthians por ser o atual campeão. Os outros clubes têm de ir atrás do título. Temos de continuar trabalhando, focados, para tentar no final da competição, quem sabe, ser campeão – disse, nesta terça-feira.
Enquanto o Palmeiras soma 20 pontos e é o líder na classificação geral da primeira fase, o Corinthians tem a terceira melhor campanha, com sete pontos a menos. Ainda assim, a equipe treinada por Roger Machado vem de dois empates, embora isso não preocupe o elenco.
Foto: Reprodução/TV Palmeiras
– O momento nosso é bom. São seis vitórias e dois empates. Nos reunimos, acompanhamos os vídeos que ele (Roger) passa para consertar nossos erros. Sabemos que no empate dentro da nossa casa não jogamos aqueles 110% necessários. Contra a Ponte (Preta), um gramado bastante difícil, tivemos de fugir da nossa qualidade técnica, com posse de bola e velocidade, isso dificultou. Estamos confiantes no trabalho que o Roger vem nos apresentando, é um cara tenta dar oportunidade a todos, motivar o grupo - analisou Marcos Rocha, que se mostrou ciente do valor de um bom resultado no sábado.
– Vale mais do que os três pontos. Pode ser considerado um dos maiores clássicos da América do Sul. Tive contato com ex-corintianos que já passaram dessa rivalidade. Quando cheguei aqui tive contato com o Felipe Melo, ele me passou da importância de jogar contra o Corinthians, pode dar tranquilidade ao treinador e aos jogadores, tira um pouco da cobrança. Vejo como um jogo muito importante, não vai decidir o nosso futuro na competição e nem durante, mas sabemos a cobrança do torcedor.
Segundo o dono da camisa 22 alviverde, ele não tem sido abordado sobre outro assunto tanto nas ruas quanto na Academia de Futebol:
– Hoje na rua alguns torcedores já cobram a vitória contra o Corinthians. No clube, internamente, pelos funcionários, as pessoas que trabalham aqui. É importante dar essa resposta, eles ficam mais contentes, a gente consegue ter semanas de trabalho com tranquilidade. Vai ser importante para ambas as partes. Os dois vão procurar fazer um bom jogo, que vença quem estiver melhor preparado – comentou.
Lição da confusão em Vitória x Bahia
Marcos Rocha também falou sobre a violência vista no clássico de domingo entre Vitória e Bahia, em Salvador, que teve briga entre os atletas e teve seu final forçado por conta de diversas expulsões.
– Fiquei um pouco envergonhado como jogador de futebol. Você vê o capitão da equipe agredir o adversário, o papel dele é se impor diante dos companheiros e passar tranquilidade, mas ele acabou agredindo o companheiro de trabalho. Me senti envergonhado. Quando fechamos dentro de campo, primeira coisa que eu falo é que começamos com 11 e terminamos com 11. Independente de qualquer coisa, evitar lance ríspido, qualquer tipo de violência – criticou.
– Tem hora que os adversários tentam tirar o Felipe Melo do sério, chegam um pouco mais forte nele. Dentro de campo eu já começo a gritar e peço para ter tranquilidade porque sabemos que o estopim dele é curto. A gente sabe que o clássico contra o Corinthians a temperatura vai subir, vamos ficar nervosos, ansiosos, mas não pode passar disso. Não gerar violência, não pode passar a imagem como aconteceu no clássico Vitória e Bahia, para a gente poder mostrar que futebol é arte, não é violência como aconteceu.
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