Na primeira vez que o Dérbi será disputado na Arena Corinthians, o sotaque espanhol se fará presente. Somando jogadores e técnico são 11 estrangeiros que falam o idioma comum a nossos vizinhos de continente.
Peruanos, uruguaios, paraguaios e argentinos estarão presentes neste clássico de compreensão universal. Para falar de Corinthians e Palmeiras, você não precisa nem falar português.
- É parecido com um Boca x River, onde eu joguei no passado. É uma partida muito importante para os torcedores, para o time, para todos nós, e estamos preparados para jogar – explica o argentino e agora palmeirense Pablo Mouche.
Pablo Mouche já enfrentou o Corinthians pelo Boca (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
Entre os adversários de Mouche estão quatro gringos corintianos: os peruanos Paolo Guerrero e Cachito Ramirez, o uruguaio Lodeiro e o paraguaio Angel Romero. O elenco alviverde tem seis estrangeiros e conta com o paraguaio Mendieta, os uruguaios Victorino e Eguren além dos argentinos Fernando Tobio, Pablo Mouche e o recém-contratado Allione. Todos comandados pelo sétimo gringo do clube, o também argentino Ricardo Gareca.
- Viver esse clássico como treinador é uma das coisas mais importantes da minha carreira de técnico – afirmou Gareca.
Gareca compreende bem a dimensão do clássico paulista. Ele foi protagonista numa das maiores rivalidades do mundo, quando marcou o gol da Argentina na vitória por um a zero em cima do Brasil na Copa América, no dia 24 de agosto de 1983 em Buenos Aires.
Os gringos no Dérbi (Foto: arte)
Se Gareca se deu bem nesse embate internacional, Mouche, quando jogava pelo Boca Junior não tem boas lembranças da final da Libertadores de 2012, quando perdeu para o Corinthians.
- Obviamente que ficou essa espinha de perder essa essa final. É uma lembrança negativa, mas agora estou vestindo outra camiseta muito importante, é um clássico muito importante para a torcida e esperamos ganhar - afirmou Mouche.
Mais uma vez, ele e os palmeirenses terão pela frente a torcida do Corinthians, adaptada a mudança de casa. Na Arena Corinthians, pelo Brasileirão, o time em três jogos acumula uma vitória, um empate e uma derrota. Se o aproveitamento não enche os olhos, ao menos, os bolsos estão cheios. A renda do jogo contra o Botafogo, na nona rodada, foi de R$ 2,5 milhões. Se você somar os outros nove jogos dessa mesma rodada dá pouco menos da metade disso.
Renato Augusto não quer mais pressão (Foto: Diego Ribeiro)
Mas novos ambientes não parecem ser um problema para o Palmeiras: nos 13 estádios em que ele enfrentou o Corinthians, só perdeu em uma estreia, no Parque São Jorge. Nos outros principais estádios que receberam o Dérbi, venceu no antigo Palestra Itália e no Pacaembu, e empatou no Morumbi. A pressão de vencer em casa não assusta o corintiano Renato Augusto.
- Acho que a gente também não pode criar uma pressão maior. A gente tem a responsabilidade de vencer por estar jogando em casa. Mas é um clássico e tem que respeitar o adversário de qualquer maneira – disse Renato Augusto.
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