Com roteiro similar ao de 2016, Cuca reencontra Verdão

3/11/2018 09:59

Com roteiro similar ao de 2016, Cuca reencontra Verdão

Com roteiro similar ao de 2016, Cuca reencontra Verdão

Foto: Rubens Cavallari/Folhapress



Um ano depois de ser demitido e pouco mais de dois anos após conquistar o título brasileiro pelo Palmeiras, Cuca vai reencontrar seu ex-time como adversário pela primeira vez. Neste sábado (3), a partir das 19h, o alviverde joga um clássico decisivo pelo Campeonato Brasileiro contra o Santos, agora comandado pelo treinador que, no Palestra, impulsionou uma equipe que vinha mal, despertou alegrias e dividiu opiniões. O mesmo roteiro que agora ele vai traçando no alvinegro praiano.







Torcedor palmeirense na infância e atleta do clube na década de 1990, Cuca assumiu o Verdão como técnico em março de 2016, substituindo o demitido Marcelo Oliveira, que tinha seu trabalho criticado desde o ano anterior. A conquista da Copa do Brasil de 2015, porém, segurou o treinador no cargo, até que maus resultados na Libertadores fizeram a diretoria perder a paciência. Cuca chegou com a missão de dar padrão de jogo a um elenco caro que não rendia.



A missão não começou bem. Foram quatro derrotas nos quatro primeiros jogos, mas aos poucos o treinador foi implantando seu estilo. Perseguições individuais na marcação, pressão sufocante, velocidade, alterações de acordo com o adversário: as marcas de Cuca foram dando cara ao Palmeiras, e, em pouco tempo, a equipe já atuava de modo completamente diferente. Os bons resultados também foram aparecendo e o time foi ficando cada vez mais consistente, culminando na conquista do Brasileirão de 2016 no final do ano.







Mesmo na primeira e bem-sucedida passagem, porém, os atritos causados pela personalidade forte do treinador foram uma constante no Palmeiras. O problema se repetiu em 2017, quando ele voltou com status de "salvador da pátria" para substituir Eduardo Baptista. No caso mais emblemático, Cuca brigou com Felipe Melo em episódio que terminou com o afastamento do volante. Só que os resultados no ano passado não vieram, o time caiu nas oitavas da Libertadores e o treinador acabou mandado embora ainda em outubro.



No Santos, o início que ele viveu no Palmeiras vem se repetindo. Com a missão de subir o patamar de um time que vinha tendo péssimas apresentações sob o comando de Jair Ventura, Cuca só conquistou a primeira vitória no quinto jogo. Ele venceu o Cruzeiro por 2 a 1, em 15 de agosto, pela Copa do Brasil, mas como havia perdido o jogo de ida, na Vila Belmiro, a partida foi decidida nos pênaltis, com vitória dos mineiros e eliminação alvinegra.

A atual sequência de Cuca no Santos é de seis jogos sem perder, mas ele já alcançou uma invencibilidade de nove jogos. Foram cinco vitórias e quatro empates, somando a igualdade conquistada contra o Independiente, na Argentina, dentro de campo. Sob seu comando, a equipe santista venceu Cruzeiro, Sport, Bahia, Vasco e Paraná, além de empatar com Independiente (duas vezes), Grêmio e São Paulo. Vale lembrar que a Conmebol depois considerou derrota por 3 a 0 no "tapetão" por conta da escalação irregular de Carlos Sánchez.



Cuca mudou a equipe taticamente. Com ele, o Santos passou a atuar no sistema 4-4-2, esquema que favoreceu Gabigol. Com Jair Ventura, o camisa 10 encarou jejum de gols. Já sob Cuca, ele engrenou e passou a ser o artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 16 gols marcados. A defesa também mudou: Jair obrigava o time a marcar por setor, reduzindo os espaços do adversário até recuperar a bola. Com Cuca, a equipe passou a agredir mais, roubar mais bolas e, consequentemente, acionar mais Gabriel.







No entanto, assim como no Palmeiras, Cuca enfrentou problemas de relacionamento fora de campo. O treinador entrou em rota de colisão com o presidente José Carlos Peres, e os dois trocaram farpas publicamente. Cuca reclamou da desorganização do Santos fora de campo e disse que o clube tinha que "melhorar, e muito". Meses depois, Peres deu o troco e palpitou na escalação do time. Ele disse que o meia Bryan Ruiz atuava fora de posição e, por isso, não rendia o seu melhor futebol. Cuca rebateu e criticou a postura do mandatário.



"Só lamento, pois eu, sempre que coloco o jogador, coloco na posição dele. É um cara que a gente gosta (Bryan Ruiz), um baita profissional. Às vezes, eu tenho outros gostos por estar aqui o dia inteiro. Eu lamento essas palavras do presidente, mas bola pra frente. Vamos lá", disse o técnico.



Em grande fase no Santos, Cuca tenta agora ser o responsável por atrapalhar o bom momento do Palmeiras no Brasileirão. Recém-eliminado da Libertadores, o alviverde tem na competição nacional sua última chance de título na temporada, e está em ótima posição para conseguir: lidera com quatro pontos de vantagem sob o Flamengo, faltando quatro rodadas. Para não permitir a aproximação dos concorrentes, terá que superar o treinador responsável por seu último título.





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