O tratamento conservador na Academia de Futebol ao longo de 2017 – com trabalhos de fortalecimento, estabilização e ajuste de peso – não havia surtido a evolução satisfatória.
Em conjunto com o clube, ele então topou se submeter a uma série de procedimentos de risco maior: um pouco comum e outro até então inédito no Brasil para atletas de alto rendimento.
A primeira etapa foi a realização de uma facectomia, a remoção de um pedaço do osso da patela, cuja aplicação é rara no meio do futebol. O passo seguinte foi um tratamento complementar e ainda experimental no país, com a infusão de células-tronco.
– É uma cirurgia muito complicada – disse Jean, na terça-feira, quando deu entrevista coletiva na Academia de Futebol.
Depois de ter sido relacionado pela primeira vez para uma partida em maio, o volante estreou em 6 de junho, em vitória sobre o Grêmio, ainda sob comando de Roger Machado. Mas foi depois da chegada de Luiz Felipe Scolari que ele voltou a ter mais oportunidades. Tornou-se homem de confiança do novo técnico e já tem 23 jogos no ano.
– Se esse título (brasileiro) vier, vai ser muito especial por tudo o que passei. Foi o ano mais difícil da minha carreira – comentou o polivalente jogador, agora aos 32 anos e sem os receios do início da temporada.
– Estou me sentindo até melhor. Bem melhor do que em muitos momentos antes.