100 anos de Palmeiras: 'Seu Valdir', ídolo no gol e professor da Academia

16/8/2014 08:10

100 anos de Palmeiras: 'Seu Valdir', ídolo no gol e professor da Academia

Ex-goleiro teve grande participação na formação de palmeirenses da escola de goleiros que o clube se tornou. Para ele, o Palmeiras signifca: 'A Academia de Futebol'

100 anos de Palmeiras: 'Seu Valdir', ídolo no gol e professor da Academia

Valdir Joaquim de Moraes, um dos grandes ídolos do Palmeiras (Foto: Ari Ferreira/LANCE!Press)



O gol palmeirense é um setor abençoado ao longo desses cem anos. Mesmo que somente o último grande ídolo da posição tenha se tornado um santo para os torcedores, Marcos teve o exemplo de Valdir Joaquim de Moraes para chegar ao posto. Seu Valdir, como é conhecido, foi ídolo dentro de campo e revelador de arqueiros para o clube fora dele.



Ele foi o precursor da preparação de goleiros e quando deixou os gramados ajudou a revelar o camisa 12 e também Velloso, outro nome importante na história das traves.



– Eu me sinto orgulhoso do trabalho que fizemos. Ficou aí como a melhoria dos goleiros. Quando parei tive a oportunidade de ser treinador e decidi por fazer um preparação específica para os goleiros. Procurei dar um equilíbrio.



O Palmeiras é um dos clubes que mais revelou e me sinto muito orgulhoso de hoje poder dizer que fiz parte disso. Trabalhei com Marcos e Velloso – afirmou o gaúcho de apenas 1,70m de altura, tamanho impensável para alguém ser goleiro.





(Valdir, em homenagem com Marcos no Palestra Itália, em 2010)



Valdir veio do Renner-RS e desembarcou em São Paulo em 1958. Em dez anos disputou 482 jogos e tornou-se o terceiro goleiro que mais atuou pelo Verdão. Está atrás apenas de Leão (617) e Marcos (532).

Em meio aos vários títulos, o trabalho com o técnico Filpo Nuñez é uma marca de sua passagem.



– Tínhamos um time muito técnico e com várias saídas de bola. O Filpo falava para gente que não precisava ficar no banco e em um determinado jogo fez isso. Ficou na tribuna.



Ele tinha mania de dar nota para nós no dia seguinte aos jogos e o Djalma Dias era gozador. A cada nota ele dizia: "Poxa, está muito baixo", e o Filpo logo soltava: "Então eu aumento mais ou dois três de bonificação" – relembra o ex-goleiro orgulhoso do grupo que ficou marcado por formar a Primeira Academia do Palmeiras.



BATE-BOLA: VALDIR DE MORAES



82 anos



‘Tenho uma lembrança boa, de glórias’



Um de seus grandes momentos aconteceu em 1965 quando o Palmeiras representou a Seleção. O que lembra daquela partida?



Foi escolhido o Palmeiras e o único que não tinha jogado pela Seleção era o Tupãzinho. Isso aconteceu pelo alto nível técnico. Era uma academia, seleção, tecnicamente muito boa. Ganhamos da seleção uruguaia. É uma projeção muito grande, inauguração do estádio do Mineirão.



Tinha algum adversário mais complicado de se enfrentar?



Ganhar do Santos não era brincadeira. Era outra academia e independente do Pelé o Santos tinha outros jogadores. Nossos encontros contra o Santos marcaram demais.



O que guarda daquela época?



Eu tenho uma lembrança muita boa, uma época de glória. A qualidade técnica era melhor do que hoje. Para quem tinha chegado do Rio Grande Sul, fazer parte de uma grande equipe e vencer diversos títulos é muito gratificante.



SENTIMENTO EM VERDE E BRANCO, por Valdir:



O Palmeiras para mim é:



"A Academia de Futebol"



A minha maior alegria pelo Palmeiras foi...



"Minha estreia pelo clube. Vinha do Sul e sem dúvida foi o que abriu caminho para mim na minha carreira profissional."



A torcida do Palmeiras para mim é...



"Tive sempre uma boa amizade com os torcedores. Nunca fui vaiado e até hoje tenho o carinho da torcida."



A minha maior tristeza pelo Palmeiras foi...



"Quando perdemos a Copa Libertadores para o Peñarol (1961). Estava começando. Marcou muito pelo lado negativo."



Meu jogo inesquecível no Palmeiras foi...



"A estreia em jogos oficiais, contra o Corinthians. Naquele dia o sistema de som do Pacaembu falhou e não sabiam que eu jogaria."





PALMEIRAS 2x1 CORINTHIANS



PALMEIRAS:

Valdir, Valdemar Carabina e Jorge; Zequinha, Formiga e Geraldo Scotto;Julinho, Nardo, Parada, Ênio Andrade e Chineisinho T: Oswaldo Brandão



CORINTHIANS: Cabeção, Olavo e Oreco; Ivan, Walmir e Roberto Belangero; Bataglia, Paulo, Zague, Rafael e Tite T: Cláudio



ÁRBITRO: Juan Brozzi (ARG)

GOLS: 8’ 1ºT Julinho (1-0) ; 12’ 1ºT Parada (2-0) ; 30’ 2ºT Bataglia (2-1)



DATA: 5/11/1958

COMPETIÇÃO: Campeonato Paulista / 2º turno

LOCAL: Pacaembu, em São Paulo (SP)

























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