Gareca diz que pode chegar ao 'limite' se Palmeiras não vencer no sábado

Técnico crê estar passando pela pior fase da carreira, mas diz que tenta aprender com ela. Ele assume que está surpreso com a confiança dada pela diretoria alviverde

Gareca no desembarque da delegação, nesta quinta (Foto: Reginaldo Castro/LANCE!Press)





Um dia depois de dizer que pretende ir com o Palmeiras "até o fim", o técnico Ricardo Gareca voltou a falar que pode chegar ao "limite". Segundo ele, um novo tropeço alviverde contra o Coritiba, sábado, no Pacaembu, pode interferir em seu futuro.



- Ainda não vejo meu limite, mas se sábado não tivermos um bom resultado, pode começar a aparecer. A equipe precisa melhorar, e eu também - disse o argentino, ao programa América & Closs da Rádio América da Argentina.



Não vou forçar uma situação. Pelo que me transmitem, eles (dirigentes) confiam em mim. Eles têm limites, e eu também. Meus limites são pelo que conheço de futebol, e me parece que estou passando desses limites, mas estou me acostumando a respeitar o contrato, a viver e superar essas situações. É lindo ganhar, mas você vai crescendo nesta circunstância também. Não digo que gosto, não esperava, mas é parte de um crescimento e tenho que aceitar.



Com seis derrotas e um empate no Brasileirão, competição da qual o Verdão é lanterna, o argentino sente-se surpreso com a confiança da diretoria. Ele lembrou que já ficou 11 jogos sem vencer quando dirigia o Talleres, da Argentina, "mas não com tantas derrotas".



- No Brasil, como na Argentina, é bastante estranho que tenham passado tantas rodadas e o Palmeiras esteja na última posição, que eu tenha somado um ponto só e tenham me mantido no cargo.



Tomo como experiência. Creio que seja inédito uma grande equipe com tantas derrotas e o técnico mantido - acrescentou ele.



Gareca diz que as diferenças de idioma podem pesar para a má fase, mas alertou que se em algum momento os jogadores não o compreenderam, a culpa foi dele. Agradeceu não só ao elenco, que, "até aqui, teve uma boa pré-disposição para ajudar", mas também à torcida "que apoia e só vaia quando a equipe perde".