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Mas o Veron potiguar começou a escrever cedo um outro roteiro para fugir desse cenário. No quintal de casa ou na rua, a habilidade que ele tinha com a bola chamou a atenção do avô José Nazareno da Silva, já falecido. O Zeca, como era conhecido, jogava muito. O talento passou para o filho Jackson Fonseca, que chegou a atuar em alguns times do interior do estado, e afluiu no neto, o menino Gabriel Veron.
Aos seis anos, já era um pequeno fora de série. A família percebeu e ajudou. Principalmente a mãe, Graciele Fonseca, que resistia à proposta do pai do menino de levá-lo para aprender as funções no trabalho.
Veron encantava tanto quem o via jogar que foi sendo presenteado com bolsa integral nas escolas particulares de Assú.
– Eu jogava futsal na escola aqui por trás – diz ele, do quintal de casa. – Aí me viram jogar e ganhei bolsa no IPI (Instituto Padre Ibiapina), outra escola da rua. Aí quando comecei a jogar no IPI, ganhei bolsa na escola mais famosa de Assú, que é o Sesi. Aí joguei e estudei lá por cinco anos.
Com 12 anos, teve a primeira grande conquista no futebol. E sente tanto orgulho dela que a descreve com detalhes, mesmo já sendo atleta profissional do Palmeiras e eleito craque da Copa do Mundo Sub-17 em 2019: foi campeão dos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte, o tradicional JERNs, disputado desde 1970 e sonho de dez em cada dez estudantes que praticam esportes no estado.
– Essa aqui é a (medalha) mais importante, é a que eu ganhei de melhor jogador do estado, jogando futsal, em 2014. O time da minha escola foi o primeiro do interior a ser campeão da segunda etapa dos JERNs (a etapa final). Eu jogava como central, ganhei como craque do campeonato e nosso técnico como melhor treinador – lembra Gabriel Veron.
Treinos físicos na areia
Além da habilidade e técnica natas, que já eram suficientes para fazê-lo sobressair, Veron tinha um preparo físico diferenciado para um menino do semiárido do Rio Grande do Norte. "Troncudo" e "tourinho" eram alguns dos adjetivos que os rivais lhe davam. Entra em cena o tio Jackson. Ele e o padrinho de Veron o levavam para todas as partidas que o menino precisava jogar.
– Ele me colocava nos ombros e ia contando piadas para me distrair, para eu não chegar no jogo cansado. Quem podia reclamar era ele, mas sempre me levou de boa vontade, feliz – lembra Veron.
Mas só jogar bola não era suficiente.
– Ele já era bem diferenciado, de uma inteligência muito soberana, a gente via que ele era diferente. A questão era mais o físico mesmo. Porque quando acabava o jogo, o negócio dele era só dormir. E eu pensava "está cansado por quê?". Então, tem que se preparar mais, né? E como eu já tinha jogado profissionalmente em alguns clubes, sabia como era mais ou menos os treinos físicos. Aí decidi ajudar ele a se preparar melhor. E a gente foi aprimorando, levando ele para dentro do rio, para areia fofa do rio. Foi treinando, treinando, e deu certo – conta Jackson.
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