Como Gabriel Veron, o menino da caatinga do RN, transformou-se na maior esperança do Palmeiras

5/1/2020 13:27

Como Gabriel Veron, o menino da caatinga do RN, transformou-se na maior esperança do Palmeiras

Esporte Espetacular vai às origens do novo candidato a ídolo alviverde: bolsas escolares, churrascaria que serviu de casa e contratação pelo Palmeiras depois de quatro treinos

Como Gabriel Veron, o menino da caatinga do RN, transformou-se na maior esperança do Palmeiras

Foto: Jordi Bordalba



Assú, na região da caatinga, interior do Rio Grande do Norte, tem pouco mais de 58 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE para 2019. Está a 213km de Natal, capital potiguar. Gabriel Veron Fonseca de Souza nasceu lá, em setembro de 2002. Na casa da rua de estrada de terra seca, sem calçamento, tinha um destino provável, segundo a própria família: ser vaqueiro como o pai Carlos Eduardo de Souza e seguir a vida lutando, castigado pelo calor de quase 40°C e baixa umidade nos meses mais quentes do ano.







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Mas o Veron potiguar começou a escrever cedo um outro roteiro para fugir desse cenário. No quintal de casa ou na rua, a habilidade que ele tinha com a bola chamou a atenção do avô José Nazareno da Silva, já falecido. O Zeca, como era conhecido, jogava muito. O talento passou para o filho Jackson Fonseca, que chegou a atuar em alguns times do interior do estado, e afluiu no neto, o menino Gabriel Veron.



Aos seis anos, já era um pequeno fora de série. A família percebeu e ajudou. Principalmente a mãe, Graciele Fonseca, que resistia à proposta do pai do menino de levá-lo para aprender as funções no trabalho.



Veron encantava tanto quem o via jogar que foi sendo presenteado com bolsa integral nas escolas particulares de Assú.



– Eu jogava futsal na escola aqui por trás – diz ele, do quintal de casa. – Aí me viram jogar e ganhei bolsa no IPI (Instituto Padre Ibiapina), outra escola da rua. Aí quando comecei a jogar no IPI, ganhei bolsa na escola mais famosa de Assú, que é o Sesi. Aí joguei e estudei lá por cinco anos.



Com 12 anos, teve a primeira grande conquista no futebol. E sente tanto orgulho dela que a descreve com detalhes, mesmo já sendo atleta profissional do Palmeiras e eleito craque da Copa do Mundo Sub-17 em 2019: foi campeão dos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte, o tradicional JERNs, disputado desde 1970 e sonho de dez em cada dez estudantes que praticam esportes no estado.







– Essa aqui é a (medalha) mais importante, é a que eu ganhei de melhor jogador do estado, jogando futsal, em 2014. O time da minha escola foi o primeiro do interior a ser campeão da segunda etapa dos JERNs (a etapa final). Eu jogava como central, ganhei como craque do campeonato e nosso técnico como melhor treinador – lembra Gabriel Veron.



Treinos físicos na areia

Além da habilidade e técnica natas, que já eram suficientes para fazê-lo sobressair, Veron tinha um preparo físico diferenciado para um menino do semiárido do Rio Grande do Norte. "Troncudo" e "tourinho" eram alguns dos adjetivos que os rivais lhe davam. Entra em cena o tio Jackson. Ele e o padrinho de Veron o levavam para todas as partidas que o menino precisava jogar.



– Ele me colocava nos ombros e ia contando piadas para me distrair, para eu não chegar no jogo cansado. Quem podia reclamar era ele, mas sempre me levou de boa vontade, feliz – lembra Veron.



Mas só jogar bola não era suficiente.



– Ele já era bem diferenciado, de uma inteligência muito soberana, a gente via que ele era diferente. A questão era mais o físico mesmo. Porque quando acabava o jogo, o negócio dele era só dormir. E eu pensava "está cansado por quê?". Então, tem que se preparar mais, né? E como eu já tinha jogado profissionalmente em alguns clubes, sabia como era mais ou menos os treinos físicos. Aí decidi ajudar ele a se preparar melhor. E a gente foi aprimorando, levando ele para dentro do rio, para areia fofa do rio. Foi treinando, treinando, e deu certo – conta Jackson.





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