Dorival 'esquece' passado e aposta no trabalho para acabar com 'pânico' no Verdão

3/9/2014 18:20

Dorival 'esquece' passado e aposta no trabalho para acabar com 'pânico' no Verdão

Nobre destacou a identificação do técnico com o clube e lhe entregou a camisa 5 dos tempos de jogador. Mas ele avisou: 'Não estou aqui por ser sobrinho do Dudu'

Dorival 'esquece' passado e aposta no trabalho para acabar com 'pânico' no Verdão

Dorival Júnior, ex-volante, recebeu a camisa 5 (FOTO: Fellipe Lucena)



Dorival Júnior, ex-jogador do Palmeiras, sobrinho do ídolo Dudu e apresentado nesta quarta-feira como técnico do clube, quer ser lembrado apenas pelo trabalho no banco de reservas. Embora o presidente Paulo Nobre tenha exaltado sua identificação com o Verdão, além de lhe entregar a mesma camisa 5 dos tempos de volante, o novo comandante quer "esquecer" o passado para espantar o "pânico" que ronda o Palestra Itália.



- Tive a oportunidade de jogar aqui, então você sempre guarda um carinho especial. Desde que nasci, ouvia falar de Palmeiras na minha casa. Mas sou profissional, não cheguei aqui porque sou sobrinho do Dudu ou porque tive passagem pelo clube. Cheguei aqui, acredito, pelo meu trabalho. Espero retribuir essa confiança, me sinto preparado, como me sentia em todas as equipes que trabalhei - disse o novo comandante.



Dorival assinou contrato até junho de 2015. Com ele, chegam o auxiliar-técnico Lucas Silvestre, que é seu filho, e o preparador físico Celso Rezende, que o acompanha há 11 anos. O salário será de R$ 200 mil, mais bônus por metas alcançadas: a maior delas, ele admite, é livrar o Palmeiras do rebaixamento no Brasileirão.



- O atleta trabalha, se entrega e os resultados não acontecem.

Isso acaba gerando um pânico, ainda que moderado, mas desestabilizando toda a instituição. Convivi com isso ano passado (trabalhou no Vasco e no Fluminense, brigando para não cair) e sei como é difícil, convivi em 2010 com o Atlético-MG também e senti o quanto dói. Primeiro temos que ter um reequilíbrio da equipe, e esse reequilíbrio passa por alguns fatores que você vai percebendo naturalmente no dia a dia. Vamos buscar o combate para estabilizar o emocional - acrescentou.



Dorival lembrou ainda que conta com os argentinos que chegaram ao clube indicados por Ricardo Gareca e destacou sua carreira de mais de dez anos como treinador. Questionado sobre a ofensividade excessiva de Gareca, disse que também gosta de atacar, mas não antecipou um esquema tático. A estreia será domingo, contra o Atlético-PR, fora de casa. Nesta quinta, diante do Atlético-MG, pela Copa do Brasil, ele ficará em um camarote.



Veja os principais trechos da entrevista coletiva:



Negociação

Se arrastou por dois dias a conversa, mas na realidade tudo tinha sido definido ontem. Estávamos apenas aguardando a presença do presidente para uma conversa um pouco mais direta. Ele me passou o que está passando com o Palmeiras, queria me conhecer um pouco mais, e a partir daí finalizamos a negociação. Esse último contato foi para finalizar tudo, e felizmente deu certo.



Quem precisa se recuperar: Palmeiras ou Dorival?

As duas situações se completam. Eu não tinha como iniciar um trabalho neste ano, tive alguns problemas que tinham necessidade de serem resolvidos. Eu vinha de dez anos saindo de um clube e pegando outro no dia seguinte praticamente. Chega um momento em que o profissional tem que sentir, dar uma parada, e depois dar o salto. Espero que aconteça isso. Eu sempre consegui, e talvez seja o maior ponto da minha carreira, deixar uma boa base. É o que quero que aconteça no Palmeiras. Estamos em um momento de transição, temos que acelerar um pouco essa transição.



Argentinos do elenco

Acho que não seria correto falar em brasileiros e argentinos, até porque tem paraguaio, chileno... O Palmeiras está bem servido. Trabalhei no Internacional com quatro argentinos, todos excelentes profissionais, que deram e continuam dando muito em razão do potencial. D'Alessandro está lá, Guiñazu no Vasco, Dátolo no Atlético-MG, Bolatti no Botafogo. Não vejo discriminação, muito pelo contrário. A indicação do Gareca com certeza foi muito positiva, são jogadores que ele conhece, que se destacaram. Não é possível que tenham desaprendidos. Chegaram aqui e têm necessidade de adaptação, espero que seja um pouco mais rápida.



As lesões de Valdivia

Nunca tive problema com nenhum atleta na minha vida, nem como jogador, nem como treinador. É um jogador diferenciado, convive com algumas situações, mas nós temos que buscar uma recuperação e o Valdivia fatalmente vai participar de tudo isso.



Primeira medida

Primeiro tentar detectar o mais rápido possível um ou outro problema que acabe minando o desenvolvimento da equipe, esse é o principal ponto, aspecto a ser atacado e combatido. A partir daí é natural que voltemos a trabalhar com o elenco, dando oportunidade a todos, buscando tirar o melhor de cada um. Se todos melhorarem um pouco, todos ganham muito. Se estivermos bem em campo, o torcedor faz o restante, sempre foi o diferencial. É preciso ter calma, é um pouco difícil, às vezes o torcedor não entende, mas com a participação do torcedor, como vem acontecendo, vamos encontrar um caminho.



Viagem a Belo Horizonte

Amanhã é lá de cima, até porque não participei de nada, não me sinto em condições. Nas duas equipes anteriores, cheguei num sábado à noite e assumi no dia seguinte. Não vi nenhum fator positivo. Pela experiência de Flamengo e Atlético, não vou sentar no banco, vou deixar nas mãos do Alberto.



Viu os jogos do Palmeiras?

Eu vi, acompanhei praticamente todos os jogos. Não só o Palmeiras, mas acompanhei as outras equipes, tudo que foi possível. Sinto uma equipe que está tentando de todas as formas e de repente não acontecendo. Temos que primeiro buscar um equilíbrio, que passam por alguns fatores importantes no dia a dia. Talvez o papel principal de um treinador neste momento seja detectar o quanto antes esses pontos, trabalhá-los, passando alguma coisa positiva ao trabalho de maneira rápida. Pode ser de uma semana para outra, pode demorar um pouquinho mais. O Flamengo teve um momento assim, e foi buscar a recuperação. É natural se espelhar no que deu certo.



Gareca era ofensivo. Vai jogar como pequeno?

Cada um tem uma filosofia, eu comungo dessa filosofia, sempre joguei da maneira que o Ricardo buscou implantar. Não se questiona, é um excelente treinador, uma pessoa do bem, que não tenho dúvida que com o tempo poderia ter dado muito pelo futebol brasileiro. Só vou perceber o que está acontecendo com a equipe aqui, conversando, dentro do que analisei. Não é só a sua análise, o dia a dia conta muito. Quem vai me dar dados para decidir por uma situação ou outra, são as pessoas que fazem parte do dia a dia, a comissão técnica permanente.







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