Dorival orienta Nathan: participação ativa nos treinos (Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press)
Dorival Júnior ganhou o vestiário. Entre as medidas adotadas para conquistar a confiança do grupo, a principal foi rechaçar a lista de dispensas que a diretoria do Palmeiras elaborava após os 6 a 0 para o Goiás.
Josimar foi rapidamente negociado com a Ponte Preta, e a ideia era fazer uma "limpa" no numeroso elenco alviverde, deixando alguns jogadores de lado até encontrar um novo clube para eles. O lateral-direito Weldinho e o meia Felipe Menezes se enquadravam nessa condição.
Deixar de pagar o alto salário de Wesley e liberá-lo imediatamente também foi uma opção aventada pelo presidente Paulo Nobre em reuniões no clube, já que o jogador travou a negociação para renovar o contrato que vence em fevereiro do ano que vem e há grande desconfiança de que ele já tenha acordo com outra equipe.
Mas Dorival avisou aos jogadores que conta com todos. Mazinho, que andava esquecido, virou exemplo ao ser escalado como titular no triunfo por 2 a 0 sobre o Vitória, na quinta.
Ao contrário do antecessor Ricardo Gareca, que era mais reservado, Dorival aposta muito no diálogo com os jogadores. Disse a Valdivia que confia e precisa dele, ao mesmo tempo em que cobrou mais responsabilidade e lhe deu a faixa de capitão.
- Isso me deu a entender que ele tem muita confiança em mim - disse o meia chileno, que na quinta-feira mostrou-se muito mais disposto a liderar os colegas do que de costume.
A quem joga menos, como Bernardo, o recado é para não desanimar, porque a chance pode chegar.
- Já deu para perceber perfeitamente o entrosamento e o respeito total do grupo à liderança do Dorival - disse ao LANCE!Net o coach Lulinha Tavares, que reuniu-se com o grupo na véspera do jogo com a missão de recuperar a autoconfiança de todos.
O técnico do Palmeiras é adepto da filosofia de que “o vestiário é sagrado”. Em dias de jogos, só a comissão técnica tem permissão para interagir com os jogadores - por isso a dinâmica com Lulinha foi feita um dia antes do duelo, e não na preleção.
Ele já contornou um dos maiores temores dos dirigentes na era Gareca: de que houvesse "corpo mole". O grupo está fechado com o chefe.
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