Valdivia: relação de amor e ódio com a torcida
(Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)
O Palmeiras depende de Valdivia? A pergunta é recorrente no dia a dia do clube. Ao menos no Brasileirão, os números são amplamente favoráveis ao chileno, titular nas últimas cinco rodadas.
Coincidentemente ou não, o aproveitamento da equipe quase dobra com o chileno em campo. São 19 pontos conquistados em 33 possíveis com o meia (57%), e 15 pontos ganhos em outros 51 possíveis (29%) sem ele. A equipe ocupa a 13ª posição, com 34 pontos.
Os bons números e as atuações recentes do Mago sustentam a relação de amor e ódio protagonizada por ele no Palmeiras. O jogador mais recebe críticas por atitudes erradas do que por falhas técnicas com a bola rolando.
A expulsão pelo pisão em Amaral, do Flamengo, e o gol perdido na derrota por 3 a 1 para o Figueirense, polêmicas recentes, ficaram no passado. Com isso, o futebol do meia voltou a aparecer: ele tem cinco assistências e lidera o quesito no elenco.
Não por acaso o técnico Dorival Júnior passou a elogiar a postura de líder do jogador, promovido a capitão mesmo com o retorno de Fernando Prass, recuperado de lesão no cotovelo direito.
Valdivia entendeu a sua importância na missão de salvar o Palmeiras do rebaixamento e assumiu tal responsabilidade. E perto dos 31 anos (a completar no domingo) recebe elogios por estar amadurecendo.
- A parte explosiva é da personalidade. Ele será sempre assim. Cabe a ele controlar isso. Quanto mais controlar, mais vai render. Ele pode ser explosivo, chato e catimbeiro desde que isso não tire o discernimento dele. Se o Valdivia conseguir o amadurecimento que está conseguindo, e isso vem com tempo, vivência e idade, será cada vez mais fundamental para nós - disse Prass.
As palavras de Prass correspondem à visão de boa parte do elenco. Em conversas no dia a dia, os próprios jogadores do Verdão confessaram ao Mago que se sentem mais seguros com ele em campo. A maioria da torcida também.
Mesmo após as idas e vindas ao Al Fujairah, dos Emirados Árabes, e de todas as polêmicas, Valdivia ainda é a esperança para o Verdão na reta final do ano do centenário.
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