Sem Henrique, Palmeiras aposta em "renascimento" do ataque no clássico

Com a suspensão do artilheiro do time, Verdão encara o Peixe com Leandro e Diogo no comando do setor ofensivo

Leandro será titular nesta quinta-feira (Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)



O técnico Ricardo Gareca terá de superar um outro obstáculo além do Santos em seu primeiro jogo oficial no comando do Palmeiras - nesta quinta-feira, o Verdão retorna ao Campeonato Brasileiro e encara o Peixe, na Vila Belmiro, às 19h30. Com Henrique suspenso, o treinador vai precisar escalar no clássico um setor ofensivo pouco efetivo neste ano.



Apesar de ter fechado 2013 como o maior goleador da equipe, quando marcou 19 gols, Leandro não conseguiu manter o mesmo rendimento na atual temporada. Privilegiado com Gilson Kleina, o atleta balançou as redes apenas três vezes - a última foi no dia 20 de abril, na vitória alviverde por 2 a 1 contra o Criciúma, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro.



Mas, o segundo semestre traz boas recordações ao atleta. No ano passado, ele marcou 12 dos 19 gols de 2013 na reta final do ano.



- Sei que fiquei um pouco abaixo no primeiro semestre, principalmente pelo número de gols. Mas trabalhamos bem durante a Copa do Mundo, o Gareca me deu toda a confiança, e tenho certeza que os gols vão voltar neste segundo semestre - disse o atacante.



- É bom saber que, ano passado, meu segundo semestre foi de mais gols do que o primeiro. Tomara que neste seja assim também, para poder ajudar o Palmeiras a buscar seus objetivos. Fizemos bons treinos, consegui marcar na maioria, e espero que contra o Santos seja assim - completou.



Durante período de treinamentos em Atibaia durante a Copa do Mundo, Gareca ensaiou uma formação com Henrique e Diogo no ataque. Henrique chegou ao clube após se destacar no Paulistão e não decepcionou: são cinco gols em nove partidas e a condição de principal goleador do atual elenco. Diogo, porém, ainda não marcou nenhuma vez após 15 jogos. Mas nem essa marca negativa serviu para diminuir a confiança do novo treinador no atleta - ele foi titular em todos os jogos-treino na preparação.

- Fico feliz com a confiança dele. Todo jogo pelo Palmeiras é como se fosse uma final. Ele se preocupa muito com o posicionamento e pede para aproximar. Quem joga na ponta também fecha para o meio. Para esse jogo contra o Santos não vamos ter o Henrique, então devo jogar mais centralizado. Vou ficar mais perto da área. Estou ansioso pelo gol, mas também estou satisfeito com o rendimento e a sequência que eu estou tendo - afirmou.



Para o clássico contra o Santos, Ricardo Gareca terá à disposição também o novato Érik como opção. O argentino Pablo Mouche foi contratado durante o Mundial e ainda faz trabalhos físicos antes de ser liberado para estrear, o que deve acontecer contra o Cruzeiro, no domingo.



A verdade é que o Palmeiras luta para encontrar uma referência ofensiva desde que perdeu o centroavante Alan Kardec para o São Paulo. Autor de nove gols no Paulistão, ele terminou o torneio como maior goleador do torneio, mas se transferiu para o rival após uma longa, e fracassada, negociação entre o clube alviverde, o Benfica e o pai do jogador.



Ciente dessa deficiência do atual plantel, a diretoria do Palmeiras segue no mercado de olho em opções para reforçar o setor ofensivo alviverde. Além do argentino Lucas Pratto, do Vélez Sarsfield, que já admitiu interesse de se transferir para o Verdão, o clube monitora a situação do também argentino Facundo Ferreyra, do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.

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