Quando o Palmeiras entrar em campo contra o Flamengo, no domingo (12), Nobre terá deixado o cockpit do Skoda Fabia da Motosport Italia há algumas horas, com a conclusão da etapa que será exibida ao vivo pelo Star+ —sábado (11), às 7h e às 12h; domingo (12), às 2h e às 7h, de Brasília (13h em Atenas). E ele certamente já terá conseguido alguma televisão ou link com sinal direto do Allianz Parque para o jogo das 16h, contra o Flamengo —22h, na terra de Sócrates e Platão.





"O fuso atrapalha muito, mas sempre faço de tudo para assistir aos jogos do Palmeiras quando viajo. Domingo, com certeza estarei acompanhando, e confiante de que faremos um grande jogo", disse ele ao UOL, diretamente da Grécia.





Até a sexta-feira (10), Nobre e Morales estavam na excelente 8ª posição da WRC3. "Nossa equipe até se surpreendeu", disse ele. "Sobrevivemos ao primeiro dia", acrescentou, após percorrer cinco trechos da etapa, sendo dois deles muito rápidos e escorregadios. A torcida é para que a lama seque um pouco e deixe de ser um "sabão" no sábado e no domingo.





Cargo no clube? "Já dei minha contribuição"



Se para as pistas ele já retornou, contrariando o desejo de muitos associados, Paulo Nobre não voltará às urnas eletrônicas da eleição do Palmeiras, possivelmente em novembro. A oposição, ainda sem consenso, é unânime em dizer que Nobre seria o único candidato capaz de realmente fazer frente ao império de Leila Pereira, Crefisa e FAM.





Mario Giannini, nome preferido de Mustafá Contursi para o pleito, disputa a possibilidade de sair candidato com Saverio Orlandi, que como Nobre, também já foi um dia politicamente próximo de Mauricio Galiotte.





Todos romperam com Mauricio, que encontrou guarida no "Leilismo", depois de o atual mandatário levar a voto do conselho o dossiê que questionava a data de associação da presidente da Crefisa ao clube —crucial para as pretensões políticas dela. O dossiê foi rechaçado, Leila pôde se eleger conselheira para poder, neste ano, ser candidata a presidente. E o resto, bom, a história futura do Palmeiras vai dizer.





A quem o indaga sobre voltar a ter um cargo no clube, Paulo Nobre diz que sua contribuição já foi dada. Pessoas que o conhecem bem, porém, acreditam que ele um dia voltará, numa eventual necessidade de reorganizar a casa, como fez entre 2013 e 2016. Algo que Nobre, antes de tudo um palmeirense, como ele mesmo gosta de dizer, torce para nunca mais ser necessário. Como foi demasiadamete o caso, após a gestão de Arnaldo Tirone.

"Esperamos chegar até o domingo inteiros"



"Voltar a correr uma prova do mundial de rali está sendo um grande prazer, mas muito mais por rever todos os amigos, competidores, organizadores e equipes do que pela competição propriamente dita", diz Nobre. "Estamos muito enferrujados, após quase dois anos parados por causa da pandemia. Sendo realista, temos que respeitar a falta de ritmo, pois a brincadeira aqui é seria", disse.





"A etapa da Grécia é uma das mais quebradeiras do mundial e esse ano choveu a semana toda o que deixou os trechos muito muito lisos e com barro", contou. Havia oito anos que a prova grega não entrava no calendário do Mundial. "Quem errar menos aqui levará uma vantagem gigantesca. Esperamos chegar até o domingo inteiros e nos divertir muito", disse.

Em 2012, um ano antes de assumir como presidente do Palmeiras, Nobre disputou a WRC, que para efeito de dimensionamento, pode ser considerada a Fórmula 1 do rali. "Foi uma experiência maravilhosa", conta ele. Morales e Nobre são muito conhecidos no meio, que segundo o palmeirense, é pequeno. "De modo geral, todos são muito gente boa com os brazucas", diz.



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