No Brasil, troca-se de mulher, de partido político, até de religião, mas nunca de time de futebol. Aprendemos assim desde que nascemos e também a saber que não é confiável quem troca de clube de coração.
Na década de 1940, Jair Rosa Pinto, o Jajá de Barra Mansa, nascido em Quatis, trocou o Vasco pelo Flamengo. Tinha suas razões. Jogador profissional, reclamava por ter um dos salários mais baixos do Expresso da Vitória, o fabuloso time vascaíno campeão carioca invicto em 1945.
Revelação do Madureira, onde fez parte dos Três Patetas, trio formado também por Lelé e Isaías, saiu do Tricolor Suburbano para São Januário e, dali para o Flamengo.
Não foi campeão na Gávea, onde enfrentou o duro tabu de não ganhar nenhuma vez do Vasco, escrita rubro-negra que durou 20 jogos, entre 1945 e 1951, e afligiu Jair em sua passagem rubro-negra de 1947 a 1949.
No da do aniversário vascaíno de 51 anos, 21 de agosto de 1949, o Flamengo abriu 2 x 0 e levou a virada em São Januário: 5 x 2.
A torcida do Flamengo não perdoou a suposta apatia de Jair. Na saída do estádio, queimou sua camisa. Assim que conta a história, contestada até o fim da vida pelo personagem central: "Não queimaram minha camisa. Queimaram uma camisa 10 do Flamengo", dizia Jair.
Magoado, o craque pediu para ir embora. Saiu do Flamengo e estreou no Palmeiras num clássico contra a Portuguesa, dez dias depois, vitória palmeirense por 3 x 1, em 1 de setembro de 1949. No Parque Antarctica, Jair foi campeão paulista de 1950 e venceu a Copa Rio de 1951. Famosa sua foto no vestiário do Pacaembu, pedindo raça aos companheiros de equipe para empatar o jogo da lama contra o São Paulo e conquistar o título estadual que parecia perdido.
Em 7 de janeiro de 1951, o São Paulo empatou com o Guarani por 2 x 2, o Palmeiras perdeu para o Corinthians por 1 x 3 e o Tricolor abriu três pontos de vantagem. Faltavam apenas três rodadas e as vitórias valiam dois pontos.
Então, os são-paulinos perderam por 2 x 1 para o Ypiranga e para o Santos e chegaram à decisão um ponto atrás do Palmeiras, que ganhou por 1 x 0 do XV de Piracicaba e por 3 x 0 da Portuguesa Santista.
No clássico decisivo da última rodada, o São Paulo fez 1 x 0 aos 4 minutos do primeiro tempo, gol do ponta-esquerda Teixeirinha. No intervalo, os jogadores palmeirenses enlameados ouviram Jair pedir raça, aos gritos. Voltaram a campo e empataram com um gol de Aquiles, com a incrível sorte de a bola esperar pelo centroavante, parada numa poça d'água.
Quatro anos depois, o palmeirense Geraldo Bolsonaro ouviu a sugestão de um vizinho para que homenageasse Jair Rosa Pinto dando o nome do craque a seu filho. Jair morreu em 2005, jurando não ter tido sua camisa queimada pela torcida rubro-negra.
Trocou o Flamengo pelo Palmeiras, porque sua torcida pedia sua saída.
Jair Rosa Pinto, esse foi um vira-casaca de respeito.
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Francisco Cegeberto Fonseca, se informe melhor. Em 2019 Bolsonaro disse: "agora somos todos flamengo", na final do mundial e o Liverpool foi campeão. Então ele repetiu a mesma frase a fim de que o Palmeiras seja campeão. Imprensa esquerdalha e Gambá sempre deturpando e tumultuando.
Agora o vira casaca é Bolsonaro, que falou ser palmeirense e agora é flamenguista. Esse é o legítimo vira lata. E tem torcedor babaca que acreditou que esse piscopata é palmeirense.