No último sábado, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, divulgou fotos do avião que comprou para o clube fazer viagens nos próximos anos. Com os detalhes revelados nas imagens, foi possível levantar o histórico da aeronave baseado em seu número de registro o 2-RLET, que aparece na postagem da mandatária. E a trajetória dele, que já mudou seu "nome", é bem interessante, passando por China, Noruega e recentemente como demonstração em sua pintura de tubarão.
Agora, registrado sob a matrícula PS-LPM (LPM faz referência às iniciais do nome Leila Mejdalani Pereira), o avião de modelo E190 E-2 fabricado pela Embraer (antiga dona) pertence a uma das empresas de Leila, a Placar Linhas Aéreas S/A, na qual é sócia de seu marido José Roberto Lamacchia. O Verdão terá prioridade na utilização dos voos e bancará apenas os custos das viagens que fizer. No restante do tempo, outros clubes e empresas poderão pagar para usá-lo.
Mas antes de ser o "avião do Palmeiras", essa aeronave teve um histórico interessante desde a sua produção, há quatro anos. Como dito acima, ela foi produzida pela Embraer, em São José dos Campos-SP e tinha como destino uma empresa chinesa de aviação chamada Fuzhou Airlines, mas com a crise que passava na época, acabou desistindo de ficar com o modelo novo encomendado.
Na sequência, a Embraer arrendou a aeronave para a empresa norueguesa Widerøe entre junho e novembro de 2019. Na época, a linha aérea escandinava utilizava esse avião para ser um suporte aos que já tinha voando. Assim, logo acabou ficando sem uso por conta da demanda. Entre dezembro de 2019 e setembro de 2020, ela ficou armazenada em Alverca-POR, em uma subsidiária da Embraer. Depois, entre setembro de 2020 e dezembro de 2021, ficou estocada em Nashville-EUA.
O avião retornou para São José dos Campos, sede da Embraer, para ter uma nova função após essa sequência de arrendamentos e passou a ser uma aeronave de demonstração e testes. Por esse motivo, no início de 2022, ela recebeu uma nova pintura de Tubarão Tecnológico e passou a ter o seu número de registro 2-RLET. A Embraer levou o avião para um evento aeronáutico em Singapura para demonstrá-lo a possíveis clientes e quis chamar a atenção com a roupagem diferente.
Essa pintura é a mesma que aparece nas fotos publicadas por Leila Pereira. A expectativa é de que o avião ganhe uma nova personalização interna e externa, pois ele passa a ter outro proprietário, que é justamente a presidente do Palmeiras. A tendência é que o clube possa utilizá-lo já em abril deste ano, para a fase de grupos da Libertadores. A nova pintura da aeronave ainda é uma incógnita e a preparação está sendo feita em Portugal, em uma empresa do grupo Embraer.
Vale lembrar novamente que o Verdão não será o dono do avião, ou seja, não sairá dos cofres do clube os cerca 65 milhões de dólares (R$ 336 milhões) que custaria uma aeronave desse tipo. A capacidade é para 114 passageiros e pode fazer voos longos, que seria o seu diferencial.
Palmeiras, Avião, Histórico, Viagens
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