Alvaro Pereira chegou a ficar inconsciente em confronto entre Uruguai e Inglaterra na quinta-feira (Foto: Reuters)
Garra ou imprudência? A entrega em campo típica dos uruguaios começou a ser colocada em xeque após o lance forte em que se envolveu Álvaro Pereira na vitória de 2 a 1 sobre a Inglaterra na quinta, na Arena Corinthians. O fato de o lateral ter voltado para jogar minutos depois de ter perdido a consciência por ter recebido um golpe na cabeça alarmou a Federação Internacional de Jogadores de Futebol Profissional (FIFPro, na sigla em francês), respingou na Fifa e, agora, suscitou um debate sobre a postura da própria seleção perante a saúde de seu atleta.
A FIFPro foi a primeira a se manifestar, afirmando que a Fifa fora "negligente" no caso. Alega que a entidade deveria ter impedido o reingresso de Pereira. Ao Uruguai, coube o questionamento se o médico Alberto Pan não teria perdido o controle da situação após o insistente pedido do lateral de não ser substituído, numa cena curiosa que rodou o mundo. O treinador Óscar Tabárez saiu em defesa do corpo médico. Cogita que o erro tenha sido a demasiada pressa em sinalizar uma eventual troca, o que ocasionou um erro de comunicação em vez do sacrifício do atleta.
- Ele levou o golpe e recebeu atendimento imediato. Como sempre se faz nesse tipo de lance, o médico faz perguntas: "quem você, onde você está...". Houve um mal entendido com o sinal da substituição, de preparar a troca. Estávamos a 70 metros. Quem sabe aí estivesse a falha. Me parece engraçado, se não dramático, pensar que nós cometemos algum delito por ter atendido um jogador nosso - explicou, com direito à ironia ao final.
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