Ivan Zamorano, ex-atacante da seleção do Chile, concedeu entrevista na Arena Corinthians (Foto: Janir Junior)
Iván Zamorano sabe o que é enfrentar o Brasil em oitavas de final da Copa do Mundo. Mas talvez gostaria de esquecer. Em 1998, ele estava no time que perdeu para a Seleção por 4 a 1, resultado que eliminou sua equipe e fez ter ainda mais respeito pelo Brasil.
O ex-atacante e capitão chileno não vai mais para o ataque, e confessa que gostaria de ter visto a equipe de Sampaoli ter avançado por outro caminho que não cruzasse com Neymar e companhia.
Mas ele também não tira o pé da dividida, destaca o bom momento da equipe chilena e diz que, nesse Mundial, as duas seleções estão quase no mesmo nível.
- Parece que a distância entre as duas seleções diminuiu um pouco mais. Hoje em dia, não se ganha com a camisa ou com história, hoje se ganha no jogo.
Me parece que, pelo que mostrou o Brasil nas duas primeiras partidas, e pelo que mostrou o Chile, estamos muito próximos. Preferia evitar o Brasil (risos). Estamos preparados para ganhar qualquer equipe, mas seria bom ir pelo outro lado – afirmou Zamorano.
“El Bam-Bam”, como era chamado no Chile, disputou a Copa de 98 e participou das Olimpíadas de Sydney, em 2000, quando foi artilheiro do torneio, com seis gols, e teve papel de protagonista na conquista da inédita medalha de bronze para o Chile.
Zamorano exaltou a atual seleção chilena, que antes da derrota por 2 a 0 para a Holanda, nesta segunda-feira, em São Paulo, bateu a Austrália por 3 a 1, e fez 2 a 0 na Espanha, resultado que eliminou os espanhóis.
- Houve mudança de ideologia, uma nova filosofia que tem o Chile. Podemos pensar grande, ganhamos duas partidas, vencemos a Espanha, já está sendo um grande Mundial.
Os jogadores têm outra mentalidade, ideologia, isso ajuda muito – analisou o ex-jogador.
Zamorano exaltou as boas partidas na Copa do Mundo no Brasil, e disse que não se surpreendeu com eliminação de seleções consideradas favoritas, como a Espanha:
- Esse é um Mundial como tantos outros: favoritos caem e surpresas chamam atenção. Os técnicos parecem que estão se arriscando mais, assim, o espetáculo fica melhor e o futebol agradece.
4116 visitas - Fonte: GE