Felipão passou a pergunta sobre a interferência da arbitragem para o assessor de imprensa da CBF(Sergio Barzaghi/Gazeta Press)
O técnico Luiz Felipe Scolari permaneceu calado depois de ouvir uma pergunta de um jornalista chileno em relação à arbitragem da partida entre Brasil e Chile, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, no Mineirão. Quem se encarregou de rebater foi Rodrigo Paiva, chefe do departamento de comunicação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que pediu a palavra para externar o descontentamento da entidade com o assunto.
“Esse tipo de pressão soa ridículo”, afirmou Paiva, com a voz trêmula, irritada. “É um desrespeito à Fifa, à Seleção, aos jogadores, ao árbitro e ao povo brasileiro. O Brasil não precisa de árbitro para ganhar nada. É só isso o que vou dizer. Não adianta insistirem, que não vamos mais falar”, complementou, observado de perto por Felipão.
O descontentamento da CBF tem origem na polêmica do jogo de abertura da Copa do Mundo, em que foi assinalado um contestável pênalti sobre o centroavante Fred, na vitória por 3 a 1 sobre a Croácia. Na ocasião, a entidade fez até o jogador gravar um vídeo para defender que houve, sim, falta dentro da área.
O temor da CBF é de que as teorias conspiratórias sobre um suposto favorecimento ao time anfitrião da Copa do Mundo deixem os árbitros mais rigorosos com a Seleção Brasileira. O capitão Thiago Silva, por exemplo, reclamou que só não foi marcado um pênalti sobre o lateral esquerdo Marcelo no empate sem gols com o México por causa da controvérsia com Fred.
Contra o Chile, o árbitro designado pela Fifa foi o veterano inglês Howard Webb, o mesmo que trabalhou na vitória brasileira sobre os chilenos, por 3 a 0, nas oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul. O novo encontro entre as seleções sul-americanas terá início às 13 horas (de Brasília) deste sábado, no Mineirão.
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