Luiz Felipe Scolari terá um adversário bem conhecido quando a bola rolar neste sábado: Valdivia. Entre (mais) tapas e beijos, os dois conviveram do meio de 2010 até setembro de 2012 no Palmeiras. “Eles se toleravam”, responderam algumas pessoas que conviveram com a dupla nos dois anos de Alviverde.
Se Felipão tem o grupo da Seleção Brasileira na “mão”, com o Mago o treinador demorou a dobrá-lo. No fim da relação, ficou só respeito. Mas não amizade. O vencedor no Mineirão, deixará o campo com sabor especial na boca. Valdivia e Felipão já venceram uma Copa, a do Brasil, juntos e com abraço fraternal em 2012. É o mesmo abraço que Scolari, hoje, dá em Neymar & Cia. Um abraço que estremeceu outra amizade.
Após viver um drama pessoal, sequestrado com a esposa em São Paulo, o meia do Palmeiras sentiu-se tocado com as palavras de Scolari, que lhe deu total apoio. Um gol de Valdivia em Barueri, na semifinal contra o Grêmio, foi festejado com abraço no “Chefe”, como muitas vezes Felipão era chamado pelo jogador. Kleber, ex-Palmeiras, jogava no Tricolor e, amigo do Mago, ficou irritado por ver o chileno abraçar Felipão.
Em 2010 e 2011, Valdivia era do “grupo do Gladiador”. Kleber não gostava do treinador, o que ficou claro quando o hoje atacante do Vasco deixou o Palmeiras detonando Scolari publicamente. O Mago entendeu que teria de respeitar o técnico e ídolo palmeirense. Felipão sabia que o chileno era seu melhor jogador.
“Valdivia nunca foi homem de confiança de Felipão, mas um tentava entender a importância do outro”, conta quem via a relação. O Mago sempre foi considerado “respondão”: não é de falar “sim, senhor” e abaixar a cabeça, mesmo diante de alguém com o peso e a história de Scolari.
Em agosto de 2012, com o Palmeiras caminhando para o rebaixamento, a saída do técnico do clube não foi bem digerida. Valdivia entendeu que Felipão “abandonou o barco” mesmo dizendo que iria até o fim. Na verdade, o técnico foi demitido. Hoje, a Copa é do Mundo. Felipão tem seu grupo na mão. E quer ver Valdivia eliminado em Minas.
MAGO E SCOLARI
O encontro
Ídolos em épocas diferentes, Valdivia e Felipão voltaram ao Palmeiras após a Copa do Mundo de 2010. O meia demorou a entrar em forma e Scolari pegou um elenco repleto de problemas.
Primeira crise
Valdivia passou a sofrer com constantes lesões musculares, o que passou a incomodar a comissão técnica. No fim do ano, o técnico pediu para que o Mago assinasse um termo se responsabilizando a se cuidar nas férias, o que gerou revolta do treinador. Valdivia tinha forte relação de amizade com Kleber e a dupla não gostava dos métodos de Felipão.
Confusões
O Mago seguiu enfrentando problemas físicos e, no campo, o Palmeiras sofreu com campanhas ruins. Em 2011, Kleber detonou crise com o técnico e foi negociado para o Grêmio. Valdivia ficou.
Aproximação
Ficou claro para o Mago, sem Kleber, que não adiantaria bater de frente com Scolari na Academia. A relação melhorou em 2012. O técnico foi um dos que estendeu a mão a ele quando o jogador sofreu sequestro relâmpago na Academia. Na Copa do Brasil, o Mago passou a usar um bigode, como Felipão, e juntos, eles foram campeões do torneio.
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