Com grupo na mão na Seleção, Felipão revê 'indomável' Valdivia

28/6/2014 09:30

Com grupo na mão na Seleção, Felipão revê 'indomável' Valdivia

Crises, abraço ‘polêmico’, título de Copa do Brasil... Relação entre os rivais deste sábado foi intensa no Palmeiras. Ficou respeito, sem amizade. No Mineirão, só um segue na Copa

Com grupo na mão na Seleção, Felipão revê 'indomável' Valdivia

Luiz Felipe Scolari terá um adversário bem conhecido quando a bola rolar neste sábado: Valdivia. Entre (mais) tapas e beijos, os dois conviveram do meio de 2010 até setembro de 2012 no Palmeiras. “Eles se toleravam”, responderam algumas pessoas que conviveram com a dupla nos dois anos de Alviverde.



Se Felipão tem o grupo da Seleção Brasileira na “mão”, com o Mago o treinador demorou a dobrá-lo. No fim da relação, ficou só respeito. Mas não amizade. O vencedor no Mineirão, deixará o campo com sabor especial na boca. Valdivia e Felipão já venceram uma Copa, a do Brasil, juntos e com abraço fraternal em 2012. É o mesmo abraço que Scolari, hoje, dá em Neymar & Cia. Um abraço que estremeceu outra amizade.



Após viver um drama pessoal, sequestrado com a esposa em São Paulo, o meia do Palmeiras sentiu-se tocado com as palavras de Scolari, que lhe deu total apoio. Um gol de Valdivia em Barueri, na semifinal contra o Grêmio, foi festejado com abraço no “Chefe”, como muitas vezes Felipão era chamado pelo jogador. Kleber, ex-Palmeiras, jogava no Tricolor e, amigo do Mago, ficou irritado por ver o chileno abraçar Felipão.



Em 2010 e 2011, Valdivia era do “grupo do Gladiador”. Kleber não gostava do treinador, o que ficou claro quando o hoje atacante do Vasco deixou o Palmeiras detonando Scolari publicamente. O Mago entendeu que teria de respeitar o técnico e ídolo palmeirense. Felipão sabia que o chileno era seu melhor jogador.



“Valdivia nunca foi homem de confiança de Felipão, mas um tentava entender a importância do outro”, conta quem via a relação. O Mago sempre foi considerado “respondão”: não é de falar “sim, senhor” e abaixar a cabeça, mesmo diante de alguém com o peso e a história de Scolari.



Em agosto de 2012, com o Palmeiras caminhando para o rebaixamento, a saída do técnico do clube não foi bem digerida. Valdivia entendeu que Felipão “abandonou o barco” mesmo dizendo que iria até o fim. Na verdade, o técnico foi demitido. Hoje, a Copa é do Mundo. Felipão tem seu grupo na mão. E quer ver Valdivia eliminado em Minas.



MAGO E SCOLARI



O encontro

Ídolos em épocas diferentes, Valdivia e Felipão voltaram ao Palmeiras após a Copa do Mundo de 2010. O meia demorou a entrar em forma e Scolari pegou um elenco repleto de problemas.



Primeira crise

Valdivia passou a sofrer com constantes lesões musculares, o que passou a incomodar a comissão técnica. No fim do ano, o técnico pediu para que o Mago assinasse um termo se responsabilizando a se cuidar nas férias, o que gerou revolta do treinador. Valdivia tinha forte relação de amizade com Kleber e a dupla não gostava dos métodos de Felipão.



Confusões

O Mago seguiu enfrentando problemas físicos e, no campo, o Palmeiras sofreu com campanhas ruins. Em 2011, Kleber detonou crise com o técnico e foi negociado para o Grêmio. Valdivia ficou.



Aproximação

Ficou claro para o Mago, sem Kleber, que não adiantaria bater de frente com Scolari na Academia. A relação melhorou em 2012. O técnico foi um dos que estendeu a mão a ele quando o jogador sofreu sequestro relâmpago na Academia. Na Copa do Brasil, o Mago passou a usar um bigode, como Felipão, e juntos, eles foram campeões do torneio.









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