Advertência e pedras preciosas. Como Willian rebate ex-colegas na Justiça

20/4/2023 14:30

Advertência e pedras preciosas. Como Willian rebate ex-colegas na Justiça

Advertência e pedras preciosas. Como Willian rebate ex-colegas na Justiça

Willian Bigode, atacante do Athletico Imagem: Divulgação/Site oficial do Athletico

Com Diego Garcia, colunista do UOL

Nesta quarta (19), a defesa de Willian Bigode, do Athletico-PR, agiu em duas frentes na Justiça contra Mayke e Gustavo Scarpa. Os dois jogadores, que foram colegas do atacante no Palmeiras, processam a empresa dele, a WLJC Gestão Financeira, juntamente com a Xland Gestora de investimentos. Ambos afirmam que não conseguiram resgatar investimento milionário em criptoativos feito por meio da Xland, indicada pela companhia da qual Bigode e sua mulher, Loisy Marla Coelho Pires de Siqueira, são sócios.

Na ação movida por Scarpa, o advogado de Willian, Bruno Santana, pediu que a Justiça advirta a defesa do jogador do Nottingham Forest por supostamente tumultuar o processo, acusação que ela mesma já havia sofrido da parte contrária.

Na ação movida por Mayke e sua mulher, Rayanne de Almeida Janeti de Oliveira, o advogado de Willian e suas sócias pede o desbloqueio de R$ 1.720.897,99 encontrados nas contas de seus clientes. O pedido é sustentado com a afirmação de que o contrato assinado entre eles e a Xland, possui garantia. Trata-se de um lote de pedras preciosas que tem valor controverso.

Em relação a Scarpa, Santana diz que a defesa do ex-jogador palmeirense, comandada pelo advogado Carlos Henrique de Oliveira Pereira, não atendeu à determinação judicial para responder se vai continuar pedindo a desconsideração da personalidade jurídica dos sócios da Xland ou irá desistir, já que eles foram incluídos no processo por meio de uma emenda à petição inicial.

A desconsideração objetiva fazer com que os donos da empresa paguem pelo prejuízo alegado do próprio bolso, caso a companhia não tenha valores para isso.

Santana afirma no processo que a defesa de Scarpa falou inverdades sobre sua postura (tentativa de tumultuar o processo) e que apresentou elementos (supostas provas) num momento inoportuno.

A petição assinada por Santana pede para que o juiz advirta o advogado de Scarpa sobre as "consequências que poderão ser causadas pelo mal gerenciamento processual, quais, por força da incidência legal poderão ser interpretadas como ato atentatório à dignidade da Justiça e consequentemente culminar nas penalidades previstas [como multa]".

A assessoria de imprensa de Scarpa informou à coluna que o advogado do jogador não se manifestaria sobre o assunto.

Pedras preciosas

No processo movido por Mayke, o argumento de Santana para pedir o desbloqueio é que o jogador do Palmeiras e sua mulher aceitaram a garantia oferecida pela Xland em caso de inadimplência. Então, ela serve agora para assegurar que eles não terão prejuízo. Assim, não seriam necessários os bloqueios. A Justiça deu 48 horas para Mayke e Rayanne se manifestarem a respeito do pedido.

A garantia citada é um lote de 20 quilos de alexandritas que está guardado num dos cofres de uma empresa em São Paulo. Laudo técnico usado pelo Xland para atestar que as pedras cobrem os prejuízos apontados por seus clientes aponta que o lote vale US$ 500 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões pela cotação atual).

Porém, nota fiscal anexada ao processo que Scarpa move contra a Xland registra que os 20 quilos de Alexandrita bloqueados foram comprados pela Xland por R$ 6 mil.

À reportagem, o advogado de Willian afirmou que pediu para a Justiça, em processo que o jogador move contra a Xland, uma perícia nas pedras. Porém, a juíza responsável decidiu que só analisará o pedido após a empresa apresentar sua defesa.

Prejuízo

Scarpa diz que investiu R$ 6,3 milhões em criptoativos com a Xland, mas não conseguiu resgatar o dinheiro investido, diferentemente do combinado. Mayke e sua mulher afirmam ter acontecido o mesmo com eles, que cobram cerca de R$ 7,8 milhões na Justiça. A empresa de Willian foi acionada porque seus ex-colegas declaram que partiu dela a indicação para investir na Xland.

A defesa de Scarpa anexou áudios no processo com o objetivo de mostrar que havia relação de consumo entre o ex-palmeirense e a empresa de Willian. Um das gravações mostra a sócia de Willian, Camila Moreira de Biasi Fava, explicando detalhes da operação para o jogador. Ela também conduz uma reunião entre o atleta e um dos donos da Xland.

Sem participação

A assessoria de imprensa de Willian diz que a empresa dele não participou do contrato dos jogadores com a Xland, assim, não tem responsabilidade em relação aos valores cobrados. Afirma ainda que Willian também não conseguiu resgatar valores aplicados por meio da Xland.

Por sua vez, a Xland nega que tenha dado golpe em seus clientes. A empresa alega que teve recursos congelados em processo de recuperação judicial da corretora criptomoedas FTX nos Estados Unidos.







2298 visitas - Fonte: UOL

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