A confiança na sua seleção foi o tom dos torcedores presentes ao Monumental de Nuñez (Foto: Felippe Costa)
O grande destaque na vitória da Argentina por 3 a 0 diante de Trinidad e Tobago na noite desta quarta-feira, em Buenos Aires, não foi só o atacante Palacio (com um gol e uma assistência), mas também os torcedores, que lotaram o Estádio Monumental de Nuñez, e ganharam uma ajuda especial dos animados e barulhentos adversários, situados na direção de umas das bandeirinhas de escanteio.
Duas horas antes da partida, já era possível ver uma grande movimentação ao redor do estádio. A maioria chegava com o uniforme da seleção e esbanjando confiança.
Do lado de dentro, a emoção tomou conta das arquibancadas quando o hino argentino começou a tocar e fez todos ficarem de pé. Mesmo com a facilidade do confronto, os hermanos, como de costume, cantaram bastante, mas chegaram a ser ofuscados pelo barulho dos instrumentos da torcida de Trinidad e Tobado.
Visivelmente despreocupados com o resultado, os visitantes animavam as arquibancadas mesmo em lances normais de um jogo de futebol como um carrinho.
Já a vibração dos argentinos vinha a cada drible de Messi, que era exaltado toda vez que andava até a bandeirinha para cobrar escanteio. Outro que também ganhou atenção foi o atacante Di Maria, principalmente ao ser substituído no segundo tempo, quando saiu de campo com aplausos.
Um dos mais animados nas cadeiras inferiores era Juan Pablo, que vive uma situação bem curiosa. Argentino, ele mora no Brasil faz 11 anos e, mesmo assim, diz que não tem dúvidas em relação a qual equipe vai torcer na Copa do Mundo.
- É uma Copa muito interessante para mim, pois meu time vai ser campeão do mundo. No país que moro e que me acolheu, por isso a final mais bonita seria Brasil e Argentina.
Acho que ganha a Argentina. É interessante porque o Papa fala com Deus... Fala: “Ilumina o Messi”. Assim, o Messi vai fazer três gols na final - brincou.
Já o amigo Leo Palermo disse que está gostando da seleção, mas lembrou de um jogador ignorado pelo técnico Alejandro Sabella e que é ídolo da grande parte da nação: Carlos Tevez.
- Estamos contentes com a seleção, teremos muitos bons jogadores e esperamos que se chegue a equipe que queremos. Tevez é um jogador do povo e gostaria de vê-lo na seleção – lamentou.
Por fim, o momento mais curioso da noite aconteceu após o apito final do árbitro. Na saída do estádio, muitos torcedores argentinos se reuniram em frente aos de Trinidad e Tobado e começaram a aplaudir os “adversários”, que voltaram a tocar e cantar alto, transformando o espaço em uma verdadeira festa.
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