Não fossem o carisma e a simplicidade que sempre o marcaram, Marcos poderia ser considerado um antimarketing para quem organizou a Copa do Mundo no Brasil. O ex-goleiro, pentacampeão pela Seleção em 2002, é garoto propaganda de um dos patrocinadores da CBF, mas não muda de opinião conforme interesses comerciais. E faz críticas à corrupção e às mazelas brasileiras na saúde, na segurança, na organização do Mundial.
Mas agrega confiabilidade pela carreira que construiu no Palmeiras e com a Amarelinha.
– Eu sinto vergonha é da corrupção da política, essa parte da organização da Copa do Mundo. O Ministério Público tem de apurar o que foi feito com o dinheiro destinado aos estádio – diz, ao ser questionado sobre Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local, ter dito que sente vergonha do Brasil depois de anunciar apoio a Aécio Neves (PSDB), candidato de oposição à presidenta Dilma Rousseff.
Também discorda do coordenador técnico da Seleção, Carlos Alberto Parreira, para quem a CBF é o Brasil que dá certo. Para Marcos, a entidade não tem a imensidão de problemas do país e o futebol brasileiro tem muito o que melhorar.
Marcos afirma ainda que apoia as manifestações nas ruas e explica por quê.
– Sou totalmente a favor. A gente vê professores se manifestando, uma das classes do país menos ajudada pelo governo, e a gente sabe como a educação é importante e como os professores são mal remunerados. E temos problemas com segurança pública, as obras de mobilidade não terminaram, a saúde pública está terrível... Só fico chateado de as pessoas fazerem isso na frente do ônibus da Seleção. Os jogadores estão ali para representar o país no futebol. Tem de direcionar para a política, no Ministério da Educação, no da Saúde, por exemplo, não para os jogadores.
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