Lucio foi titular absoluto da ultimas 3 copas pelo Brasil
Titular da Seleção Brasileira nas últimas três Copas do Mundo, o zagueiro Lúcio tem uma relação íntima com o torneio de seleções mais importante do planeta.
O xerife palmeirense, inclusive, teve a honra de disputar todas as 17 partidas do Brasil nos últimos Mundiais e foi o capitão na África do Sul, em 2010.
Mas a partir desta quinta-feira (12), quando os comandados de Luiz Felipe Scolari entrarão em campo para enfrentar a Croácia, Lúcio será espectador pela primeira vez desde 1998, quando era uma promessa no Rio Grande do Sul e assistiu de longe ao revés verde-amarelo diante da França na decisão.
“Vou ter mesmo a sensação de torcedor. Depois de muito tempo vivendo lá dentro, ter conquistado muitas coisas e ter passado um período muito bom na Seleção, vou torcer bastante para meus companheiros que estão lá, inclusive alguns com quem joguei muito tempo.
Estarei na torcida para que possam fazer o melhor e se tornarem campeões mundiais”, afirmou o jogador de 36 anos.
Na última vez em que assistiu a um jogo de Copa do Mundo pela televisão, o zagueiro ainda estava na etapa de transição entre as categorias de base e o time profissional do Internacional de Porto Alegre.
A efetivação na equipe de cima aconteceu justamente após o término do Mundial, quando também precisou deixar a concentração do clube, onde morava, já que o local era utilizado apenas pelo departamento de formação de atletas.
Durante a Copa do Mundo, de férias em Brasília, assistiu aos jogos ao lado de familiares, inclusive a final. Não poderia imaginar que seria seu último jogo fora das quatro linhas nos três Mundiais seguintes.
“A lembrança não é boa, já que perdemos para a França, mas acho que o Brasil em todas as Copas sempre entra para fazer um bom futebol, um bom espetáculo.”
O jogador, consagrado no mundo do futebol e com uma trajetória invejável de títulos, poderá viver outra sensação durante a Copa do Mundo no Brasil: acompanhar a competição ao lado dos filhos – em 1998, apenas a mais velha dos três era nascida, mas muito pequena. Hoje, eles têm 16, 11 e sete anos.
“Vai ser legal. Já estou vivendo esse período de Copa do Mundo porque eles têm álbum, colecionam figurinhas, trocam e levam para escola. Compram camiseta.
Vai ser um período legal por gostarem de futebol, acompanharem futebol. Vai ser gratificante os ver assistindo aos jogos aqui no seu país e, se possível, de repente até levá-los ao estádio”, afirmou o dono da camisa 33 do Palmeiras.
Apesar de ter apenas agora a oportunidade de ver os jogos pela televisão ao lado dos filhos, Lúcio já teve a família bastante próxima durante uma Copa do Mundo.
Em 2006, quando defendia o Bayern de Munique, da Alemanha, o Mundial foi realizado no país germânico. Também por isso, garante não ter qualquer frustração por não fazer parte da Seleção na Copa do Mundo disputada no Brasil.
“Se essa Copa no Brasil tivesse acontecido antes, talvez fosse melhor pelo fato de estar jogando em casa, com a família mais perto. Mas eu pude ter um pouco dessa sensação em 2006, que foi na Alemanha e eu estava jogando lá ainda.
Minha família toda estava lá, então puderam ir aos treinamentos e assistir aos jogos. Em se falando de Seleção, não tenho nenhum tipo de frustração. Tenho só a agradecer a Deus. Em todas as Copas, eu fiz o meu melhor, assim como todo mundo que participou, e isso é o mais importante para ter a consciência tranquila”, lembrou.
O Brasil está no grupo A da Copa do Mundo, ao lado de Croácia, México e Camarões. Para o zagueiro do penta, a Seleção tem tudo para confirmar o favoritismo e garantir o hexacampeonato dentro de casa.
“Acredito que tem grandes chances de ser campeão, assim como fez um bom trabalho na Copa das Confederações, que é uma preparação para o Mundial. Jogou bem, time entrosado, a torcida apoiando, então, se isso acontecer na Copa, sem dúvidas o Brasil é o grande favorito”, concluiu.
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