Dentro de campo, além de ser considerado um craque, o búlgaro Hristo Stoichkov sempre foi conhecido pelo temperamento difícil e pela personalidade.
O estilo "nervoso" não fez com que deixasse de brilhar nos gramados com a camisa da seleção do país, que contou com ele na conquista do quarto lugar na Copa do Mundo de 1994, e especialmente pelo Barcelona, onde atuou com brasileiros como Romário, Rivaldo, Ronaldo e Giovanni.
Todos conquistaram títulos, mas Stoichkov não tem dúvidas de quem foi o melhor.
- Romário, sempre. É Romário e o resto. Não há dúvida. Tenho todo o respeito aos demais jogadores brasileiros que jogaram no Barcelona, mas o Romário é o maior - considerou o ex-jogador.
Antes da chegada do brasileiro ao Barça, o búlgaro chegou a se opor à contratação porque a equipe já contava com três estrangeiros.
Sorte dele que o clube não deu bola e contratou Romário, que virou um amigo fora de campo, o que causou surpresa na época, e um parceiro perfeito dentro dele. A dupla até hoje é apontada como uma das melhores da história do time catalão.
- Eu tive a maior sorte do mundo de jogar no Barcelona com ele. Sou feliz por ter um verdadeiro amigo como ele. Romário, para mim, é mais do que um amigo, somos íntimos.
Nós mantemos essa amizade e estou esperando para ver onde ele está porque trabalha muito - disse, garantindo que vai aproveitar a passagem pelo Brasil na Copa do Mundo para rever o Baixinho.
Hristo Stoichkov fez dupla com Romário no Barcelona e comenta a Copa para TV (Foto: Paola Loewe/SporTV)
Comentarista da TV Univision, Stoichkov não tem receio de dar sua opinião, nem mesmo de criticar, seja quem for. Ao falar sobre as chances do Brasil, ele insinuou a existência de manipulação da Fifa.
Com a disputa ainda na primeira rodada, ele prefere não apontar favoritos, mas ao falar do assunto volta a lembrar do time campeão de 1994.
- O Brasil de 94 era um Brasil de grandes estrelas, começando por Romário. Era uma equipe espetacular, uma equipe nascida para ser campeã. Se essa equipe estivesse hoje no Brasil seria favorita para ganhar o Mundial - disse.
Após ter comparado Romário com outros brasileiros que fora seus companheiros no Barcelona, Stoichkov afirmou que não tem como relacionar a importância de Romário em 1994 com o que representa Neymar para o grupo atual da Seleção. Para ele, o camisa 10 brasileiro ainda é muito novo para assumir tanta responsabilidade.
- Não podemos pressionar muito o Neymar porque ele tem 22 anos, é bastante jovem para levar um peso de toda a equipe. Esta geração de hoje não é só Neymar, tem Oscar, Fred, Hulk, Daniel Alves. É um grupo bastante complementar, com veteranos, que têm mais experiência, e com jovens que vêm jogando um bom futebol - avaliou.
O Brasil estreou na Copa do Mundo com vitória por 3 a 1 sobre a Croácia. A próxima partida é terça-feira, às 16h (horário de Brasília), contra o México, no Castelão, em Fortaleza.
Stoichkov jogou no Barcelona por sete anos e encarou o São Paulo no Mundial (Foto: Agência Getty Images)
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